Bem, tem gente me perguntando o que eu estou comendo aqui no Irã. É o seguinte:
No almoço e jantar aqui se come o kebab, uma espécie de churrasquinho de carne de carneiro com temperos diversos, junto a uma pirâmide de arroz e um toque de açafrão – muito bom, é o arroz com feijão do dia-a-dia dos iranianos. Khosh ma-ze! (delicioso, em farsi).
Para beber eu tenho tomado Zam-Zam-Cola, versão iraniana do refrigerante (não eh ruim, é algo intermediaria à Coca e Pepsi). Álcool nem pensar – esqueça a cervejinha, o vinho, etc – é estritamente proibido em todo território nacional, dá cadeia. Entao aqui tem cervejas com 0.0% de álcool – islamicamente aprovadas – com sabores original de malte, limão (minha predileta é da Delster, tem gosto de Ice-Tea com gás), maçã, cereja, tutti-frutti (argh!), etc. Outro dia nos ofereceram um aragh: agua de pétalas de rosas, muito doce e perfumado – parece que se está bebendo perfume... (confesso que não entrou na lista dos prediletos...).
Mas a bebida mais consumida mesmo é o chá, preto e forte – sempre utilizado como a bebida de boas vindas, digestivo, de meio-de-tarde, happy hour, etc. Essencialmente é um convite à socialização entre as pessoas e uma obrigação das regras da hospitalidade iraniana.
E, de sobremesa, o bastani: é um sorvete de sabor indecifrável e aspecto meio esquisito. Parece um sorvete de macarrão em calda doce... meio “diferente”...
E em toda refeição acompanha o delicioso pão iraniano: há diversas variedades, quase todas são achatadas como massas de pizza. As pequenas padarias são reconhecíveis de longe: sempre há uma grade na calçada onde os clientes atiram rapidamente seus metros de pão tinindo de quente.. Quando esfria um pouco, ele é quebrado em pedaços que caibam nas sacolas e é batido para remover as pedras de brita que estão ainda coladas nele (sim, o forno tem um leito de pedras de brita onde o pão é assado). E a delícia das delicias é o pão ainda quentinho com iogurte de alho em cima, uma mania nacional – comemos até não poder mais... khosh ma-ze!!!
E repete o kebab novamente...
Abc,
Egon
PS.: O único problema do pão aqui é que, com o ar extremamente seco que sempre nos acompanha, em menos de 30 min ele resseca e fica parecendo papelão, daqueles de caixas grandes... dureza!!!"
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(*) EGON FILTER é fotógrafo e correspondente exclusivo do Terra Australis. Tem suas imagens disponibilizados no site Images do Share.
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