No País dos Ayatollahs, com sua interpretação estrita do Corão, realmente foi uma grande surpresa desta viagem ao Irã: a cortesia para com os visitantes, que se pode sentir no dia-a-dia.
Onde quer que se vá, sempre tivemos vários desejos de boas-vindas. Por exemplo, na fila da padaria, se fores gringo, todos vão insistir para que sejas atendido primeiro – e o padeiro ainda vai lhe dar o pão de presente!
Flores dadas em sua mão, junto a um largo sorriso, quando passear em algum lugar interessante; o dono da fruteira que nos deu as frutas de presente; os convites para chá ou jantar de tantas pessoas na rua; o sanduiche de pasta de menta que o clérigo da mesquita nos deu após a visita; os taxistas que recusavam pagamento em corridas curtas – enfim, você fica até constrangido com o tamanho da gentileza dos iranianos.
Na verdade, alem de pura generosidade, existe uma espécie de código de conduta na sociedade persa chamado de “ta’arof”: cada pessoa deve ser sensível à posição do outro – um tipo de polidez ao extremo, onde as necessidades do próximo devem estar acima dos seus próprios desejos. Logo descobrimos que devemos insistir no pagamento do táxi por, no mínimo, três vezes: ele aceita então a grana ou eh mais uma pequena generosa oferta pessoal.
Realmente impressionante.
Abc,
Egon
PS.: E mais: não é por ser visitante brasileiro – até americano aqui ganha tratamento assim!!!"
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(*) EGON FILTER é fotógrafo e correspondente exclusivo do Terra Australis. Tem suas imagens disponibilizados no site Images do Share.
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