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segunda-feira, janeiro 30, 2012

Livros: No Teto do Mundo, a busca do Everest

Capa do livro. Foto: Divulgação
Já li muita, mas muita literatura de montanha por aí, desde o tempo em que livro de aventura no Brasil era raridade e coisa boa só mesmo buscando no exterior.

Ainda bem que isto mudou um tanto e o mercado editorial brasileiro finalmente acordou para o potencial dos livros de aventura e atividades junto à natureza, em parte graças ao click dado por Amyr Klink em 1985 com o seu já cult "Cem Dias entre o Céu e o Mar".

Agora acabo de ler o relato das aventuras do brasileiro Rodrigo Raineri, tendo como tema as suas quatro investidas ao Everest, em duas ganhando o cume, em uma perdendo seu grande amigo Vitor Negrete e, em praticamente todas elas, sofrendo o drama de ser roubado em plena montanha. 

A obra foi escrita a quatro mãos, junto com Diogo Schelp, e veio a público em uma bem cuidada edição da Ed. Leya Brasil, ilustrada com belas fotos e trazendo uma narrativa concisa e madura das aventuras do autor.

Rodrigo Raineri. Foto: Divulgação
O livro me prendeu do início ao fim e gostei bastante. Rodrigo e Diogo utilizaram a técnica de intercalar diferentes fatos no tempo, contando as quatros escaladas ao Everest (2005, 2006, 2008 e 2011) como se fosse uma só. Para tanto vão direto aos fatos mais importantes, sem dó do leitor, como o terrível emocionante relato de quando Rodrigo e Vitor Negrete encontraram os corpos congelados de Othon Leonardos e Alexandre Oliveira, durante a escalada da face sul do Aconcágua:


"...Era um gelo quebradiço, bem perigoso. Fui escalando pelo obstáculo com muito cuidado e, quando cheguei perto do fim, visualizei uma corda fixa na aresta. Movimentei-me para a esquerda e aveistei os corpos congelados de Othon e Alexandre. Na queda, a corda pela qual estavam conectados um ao outro enroscou em uma grande pedra, e eles ficaram pendurados, um de cada lado, o Othon em cima e o Alexandre bem mais abaixo. Eles estavam sentados, ainda apoiados pela corda, virados para o horizonte. O corpo de Mozart não estava lá. Provavelmente ele não estava conectados aos outros dois companheiros quando o avalanche os atingiu. Mozart tinha história: ele e Waldemar Niclevicz foram os primeiros brasileiros a alcançar o cume do Everes com o auxílio de oxigênio, em 1995. Othon, Alexandre e Mozart morreram ao tentar superar a face sul do Aconcágua, em 1998...."

Quer saber mais? Então largue um pouco da preguiça nestas férias de verão e confira este belo livro!


No Teto do Mundo
Formato: Livro
Autores:
RAINERI, Rodrigo e SCHELP, Diogo
Editora: Leya Brasil
ISBN: 8580441250
ISBN-13: 9788580441253
Encadernação: Brochura
Edição: 1ª
Ano de Lançamento: 2011
Número de páginas: 304
Preço: R$ 34,90

quarta-feira, outubro 26, 2011

Ecologia/Montanhismo: Prossegue campanha para limpar o Everest


Fonte: Guria Adrenalina

Ao longo das décadas o lixo deixado pelos escaladores no MoNte Everest já alcançou proporções avassaladoras, aí inclusos restos de embalagens, tendas de montanha, equipamentos diversos, cilindros de oxigênios e dejetos humanos.

Li no Jornal Zero Hora esta matéria publicada no The Guardian e vale a pena divulgarLi hoje na Zero Hora esta matéria publicada no The Guardian e vale a pena divulgar!

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"FAXINA NO TOPO DO MUNDO

Um esforço para limpar o Everest


Os alpinistas que tentam escalar o Everest – o pico mais alto do mundo, com 8.848 metros de altura – passam meses sonhando em chegar ao cume. Pagam US$ 65 mil (R$ 114,4 mil) em taxas ao governo do Nepal. Treinam duramente, fazem uma caminhada que leva dias, enfrentam desconforto extremo e mesmo risco de vida. Assim, deveria ser algo simples fazer com que recolhessem o próprio lixo.


Mas não é o que acontece. Quase 60 anos depois da conquista do Everest por Edmund Hillary e Tenzing Norgay, em 1953, e três décadas depois das escaladas na montanha virarem um empreendimento comercial, a região ainda tenta se adaptar ao crescimento do turismo.


Em comparação com os anos 70, quando as principais rotas de escalada estavam atulhadas de tendas descartadas e pacotes vazios de comida, o Everest hoje é bem mais limpo. Mas ainda podem ser vistas espalhadas pelo acampamento-base garrafas plásticas e embalagens de barras de chocolate. Agora, uma coalizão de organizações ambientalistas está pressionando o governo de Katmandu a adotar novas medidas para proteger o Himalaia na era do turismo de massa.


– Limpar o Everest de vez em quando não resolve. Planejamento e gestão são essenciais – diz Phinjo Sherpa, diretor do Eco Himal.


O grupo apresentou um plano ao governo nepalês que prevê multas maiores para quem sujar o Everest e as áreas ao redor. Também defende a instalação de banheiros químicos no acampamento-base e um investimento em instalações como incineradores de lixo. Encarregada de supervisionar a faxina do Everest, a ONG Sagarmatha Pollution Control Committee retirou 25 toneladas de lixo da montanha na primavera (outono no Hemisfério Sul) – incluindo 12 toneladas de papel e plástico e 11.250 quilos de dejetos humanos. Outras montanhas da região menos famosas que o Everest estão ainda mais sujas, conforme Tshering Tenzing Sherpa, um integrante do comitê Sagarmatha."
THE GUARDIAN

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PARA SABER MAIS:

Outras informações sobre o problema da poluição no Everest veja em:

http://somergie.fr/html/icidsmonde/zoomsurnepal.htm
http://www.bernard-voyer.com/
http://www.zonehimalaya.net/Sherpa/sherpa.htm
http://fr.wikipedia.org/wiki/Mountain_Wilderness
http://science.qj.net/Mt-Everest-is-having-pollution-problems/pg/49/aid/68795

segunda-feira, julho 11, 2011

Trekking: A Grande Trilha do Himalaya

Fonte: The Great Himalaya Trail

Assim como a famosa Appalachian Trail nos EUA, a Grande Trilha do Himalaya (The Great Himalaya Trail) é um sistema de trilhas e caminhos pré-existentes que foram unidos para formar um dos maiores - e mais altos - percursos para trekking no mundo.

Serpenteando por vales verdejantes, platôs, vilarejos remotos e pelos mais altos picos do planeta, este grande percurso de 1.700 Km foi dividido em 10 seções, iniciando em Kanchenjunga, passando pelo Makalu, o Everest e terminando em Humla, na fronteira com o Tibet.

Oferecendo uma diversidade de ambientes e paisagens, flora e fauna, passando dos leopardos-da-neve aos pandas e da floresta subtropical até os ecossistemas de alta montanha, a Grande Trilha do Himalaya foi concebida formalmente em 2006 com o objetivo de abrir ao mundo partes remotas do Nepal e atrair parte dos visitantes que superlotam as bem conhecidas trilhas da região do Everest.

A idéia deu certo e a rota pode ser percorrida por inteiro ou em partes, sendo que a estimativa média para completá-la sem interrupções é em torno de 100 dias de caminhada. Você se anima?

Mais informações podem ser encontradas no site The Great Himalaya Trail.

Prepare as botas e boa caminhada!

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Montanhismo: Monte Everest já tem internet 3G

Everest: Foto: Aventuras Patagónicas Moutain Guides

Hillary no Everest, 1953
Pois é, enquanto Edmund Hillary e Tenzing Norgay conquistaram o Everest em 1953 com equipamentos que hoje nos parecem da Idade da Pedra e a internet era algo ainda inconcebível, a grande notícia para aqueles que partem para o ponto mais alto da Terra é que agora já podem contar com rede 3G, com acesso a web e chamadas de vídeo e voz.

No tempo de Hillary e Norgay os escaladores ficavam isolados das suas expedições de apoio pois não existiam rádios portáteis com tamanho e peso suficientes para fazerem parte dos equipamentos individuais. Os montanhistas eram acompanhados por binóculos e lunetas e as notícias eram enviadas por mensageiros até o telégrafo mais próximo, há dias de caminhada desde o campo-base.

A companhia nepalesa Ncell, subsidiária da sueca TeliaSonera instalou oito bases de transmissão 3G na região do Everest, sendo a mais alta junto ao campo-base a 5.200 metros de altitude. Isto veio facilitar tremendamente a vida dos trekkers e escaladores que não mais dependem telefones satelitais e com um celular ou notebook comum podem contatar seus países e postar notícias diretamente nos seus blogs, redes sociais ou distribuí-las à imprensa e patrocinadores.

Isto tudo para não se falar nas comunicações entre os próprios escaladores que poderão utilizar seus celulares para contarem também com os seus parceiros de expedição e o campo-base, uma vez que a rede 3G também está disponível no cume do Everest, a 8.848 m acima do nível do mar e que já foi um dos mais isolados locais do planeta...

Estação de telefonia celular 3G junto ao campo-base do Everest - 5.200 m
Foto: Internet