Cerro Fitz Roy - Fonte: Wikipedia |
Ontem publiquei aqui no blog a notícia divulgada na internet sobre o acidente com Bernardo Collares no Cerro Fitz Roy, Argentina (veja AQUI), o qual foi dado como morto embora seu corpo não tenha sido buscado pelas equipes de resgate.
Fonte: ESPN |
Apesar de ter sido deixado vivo, com água e saco de dormir quando sua parceira de escalada saiu em busca de socorro, dois dias após a queda Bernardo foi dado como morto pelas autoridades argentinas sem que, contudo, sequer tenha sido localizado ou contatado pelas equipes de resgate até este momento.
As informações continuam poucas e desencontradas e reitero minha opinião quanto a ser apressada e prematura a conclusão das autoridades argentinas pelo falecimento de Bernardo sem que uma única tentativa de contato ou resgate tenha sido realizada. Ainda que as possibilidades de busca seja muito difíceis ou com pouquíssima probabilidade de êxito, presumir o óbito apenas três dias depois da queda e quando as notícias ainda são desencontradas transparece, no mínimo, falta de empenho. Isto para não falar em respeito.
A própria imprensa argentina se divide quanto a esta conclusão. O jornal Opinión Austral, por exemplo, não reconhece a morte do escalador e informou hoje que o andinista estaria esperando resgate no Cerro Fitz Roy:
"Un andinista se encuentra herido desde el lunes en el cerro Fitz Roy.E o jornal continua a entrevista questionando Carolina Codó, chefe da Comissão de Resgate de El Chaltén, a qual apenas presumiu o falecimento de Bernardo Collares, lamentando a falta de recursos técnicos e humanos para o seu resgate efetivo e declarando, ao final, ter sido "dura e triste" a decisão de não sair em busca do escalador devido aos riscos envolvidos. Confiram na íntegra o que disse o jornal:
El escalador brasileño se encuentra a 400 metros de la cima, en un descanso de la montaña, luego que sufriera un accidente al desprenderse un anclaje, caer en caída libre uno metro y golpear con su espalda en una pared de piedra de la montaña.
Una compañera, con la cual hacía la travesía por un sector del mítico cerro denominado Cara Oeste “Vía Afanaciev”, lo auxilió y logró resguardarlo en lo que los escaladores denominan “repisa”. Allí el hombre, identificado como Bernardo Collares de 45 años, le dijo a la mujer, Renata Burlanaqui Bradford (34), que bajara y buscara ayuda.
Antes de comenzar a descender, introdujo dentro de una bolsa de dormir al desafortunado deportista, que no podía moverse a causa del fuerte golpe, y a su lado le dejó agua y comida para que pueda resistir mientras espera a los rescatistas."
"Los riesgos son “altos”
La médica y coordinadora de la Comisión de Rescate de El Chaltén, Carolina Codó, informó que los andinistas brasileños tuvieron el accidente el lunes a la mañana en una vía larga para ascender a la montaña.
“El hombre cayó unos 20 metros cuando hacía un rapel, porque se le abrió un seguro. Sufrió graves heridas y su compañera no lo pudo bajar porque en ese momento comenzó una tormenta y para ella era imposible bajarlo sola”, indicó la profesional en declaraciones a LU 12 Radio Río Gallegos.
En la tarde del martes, cuando se supo del accidente, un grupo de rescatistas salió en el auxilio del turista, pero en el camino se encontró con Bradford, quien les indicó el lugar y luego de analizar los riesgos del rescate, se depuso por el momento el ascenso, ya que aseguran que Collares tendría pocas posibilidades de sobrevivir a causa de sus heridas. “Para bajar por esa vía se demora dos días y si tenemos que bajar con una persona en una camilla, puede llevar hasta tres días”, explicó Codó, sin dejar de señalar que los riesgos del rescate son “altos” para el equipo de salvamento.
“No podemos subir, porque los porcentajes de vida son bajos y los riesgos que se corren son altos”, resaltó la médica de la villa cordillerana, quien coordinó varios rescates en la zona en las dos últimas décadas.
Además la profesional lamentó que en el lugar no se cuente con el personal capacitado para este tipo de rescate ni los equipos y máquinas, como los tienen los centros de andinismo de Europa o Estados Unidos.
Asimismo aseguró que fue una “decisión dura y triste” la que se resolvió de no poder subir a rescatar al hombre, ya que hay muchos riesgos al ascender por esa vía y hay muchas posibilidades de que el andinista haya fallecido por las características del accidente."
(Fonte: La Opinión Austral)
Fica o registro.
As rotas de ascensão pelas faces norte e oeste. Fonte: Pataclimb |
- Andinista muere intentando la cumbre del Fitz Roy
- La Opinión Austral - Un andinista sufrió un accidente y espera ser rescatado del Fitz Roy
- Prensa Libre - Andinista brasileño fallece accidentado en el Fitz Roy
- Opi Santa Cruz - Vuelve a ser noticia con otro andinista extranjero muerto en las cumbres
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Se o Bernardo partiu para o andar de cima, com certeza partiu feliz por estar fazendo o que ele mais amava. Por outro lado, ele sabia dos riscos e, se resolveu subir a montanha, assumiu inteiramente, até porque todo mundo sabe que não há equipe de resgate naquelas montanhas. Desculpem a comparação, mas é mais ou menos como a história da garota que engravida do namorado e depois o pessoal quer passar o chapéu pra recolher donativos para o bebê. Quem assume o risco não poderá depender de ajuda alheia.
ResponderExcluirPenso, que independente do risco assumido pelo nosso querido Bernardo, deveria haver maior interesse por parte de quem tem o poder de mobilizar a equipe de resgate e ceder equipamentos próprio em busca de uma possibilidade mesmo remota, mas uma possibilidade de termos o nosso Amigo de volta! Ele é forte e deve estar esperando esse resgate.
ResponderExcluirApoio totalmente a Thays......nem sequer tem resgate ou equipamento para o resgate e se ele ainda estiver esperando resgate ????? lastimável o fato.....
ResponderExcluirEmerson
www.leao-gropo.blogspot.com
Eu acho muito ruim mesmo a atitude das autoridades argentinas. sou argentina, mais acho que ese pais nao respaita a vida das pessoas. para dar uma pessoa por morta tem que pelo menos procurar-la e nao achar-la. vergonhoso!
ResponderExcluirnao conhecia o bernando mais ja escalei muito no Rio nos ano 90, muitos amigos mue sao amigos dele. realmente nosso paises sudamericanos tem muito pouco respeito pela vida humana.
tenho um amigo que tambem foi abandonado desse jeito no fitz roy, argentino, maior trauma para o parceiro de escalada dele que teve que deixar ele la!
rip bernardo
É muito triste a perda, ele era realmente muitíssimo querido no meio do montanhismo. Mas, a verdade é que ele mesmo, se pudesse participar dessa polêmica, não se incomodaria de que seu corpo lá ficasse, porque assumiu esse risco. Que ele descanse em paz, e em nós fique a memória afetuosa da grande pessoa que ele era.
ResponderExcluirE fato que o Bernardo sabia dos riscos de El Chalten, sabia que resgates naquelas paredes sao dificeis e a estrutura la precaria. Pode ser ate que o resgate no final nao pudesse acontecer mesmo, mas o direito a... real tentativa de se salvar sua vida e inquestionavel e quem lidou com o acidente, tinha a obrigacao de informar imediatamente e claramente a familia dos fatos ocorridos, e nao interpretacoes, para que se tivesse a chance de tornar o resgate possivel (ou nao). Informar e nao manipular informacoes!
ResponderExcluirAcho um absurdo que alguns em nome dos riscos - que o Bernardo sabia existir - se coloquem na posição de lavar as mãos. Ora, como um comentário que li no FB, então o Sena não sabia também dos riscos? E foi socorrido. E os inúmeros ciclistas por esse Brasil afora? Também são socorridos. E os nadadores em mar aberto? Concordo e reforço ltudo que a Patrícia disse.
ResponderExcluirCarlos,
ResponderExcluirSeu comentário foi lastimável e sua comparação absurda. Sim, ele estava fazendo o que mais amava, mas ele amava viver.
fiquei decepcionada com a postura das autoridades argentinas em nâo terem feito nada para salvar a vida do Bernardo , palpite todos nós gostamos de dar o tempo todo... as vezes até sem entendermos nada do que se trata... , mas no caso dele acho que era algo maior pois se tratava de vida ou morte .... e a dúvida continuará pra sempre ... será que ele ainda estava vivo naquele momento, esperando por algum socorro?... e cansou ( morreu?) de tanto esperar .... francamente foi uma postura muito desumana da parte deles...
ResponderExcluirCarlos, queria te perguntar umas coisas: Vc escala? Vc tem filhos? Vc tem irmaos?
ResponderExcluirDesejo a vc que nunca na vida nem vc, nem quem vc ama, dependa de outro ser humano para sobreviver.
Carlos
ResponderExcluirVocê deve conhecer muito o Bernardo para falar que ele morreu feliz. Mas duvido que você conheça mais do que eu pois o conhecia desde que ele nasceu. E posso te garantir que ele partiu triste. Triste porque não teve o mesmo tratamento que sempre deu aos montanhistas que dependeram ele um dia para resgate. Existe uma diferença muito grande entre deixar o seu corpo em um lugar e ser largado vivo para morrer. Se você avançar um sinal perde o direito a socorro?
Se realmente era impossível o resgate logo após o acidente, pois o tempo não permitia e poria em risco todos da equipe, a atitude foi correta (naquele momento), mas assim q tivesse oportunidade de subir e tentar salvar o Bernardo, deveriam ter feito. Não se pode presumir q tá morto e simplesmente abandonar, independente do número de dias do acidente.
ResponderExcluirInfelizmente o fato foi na Argentina.
SE FOSSE ALGUEM MUITOOOOO IMPORTANTE DO ALTO ESCALAO.QUERA VER SE O TRATAMENTO E DESLEIXO SERIA O MESMO.
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